domingo, 25 de novembro de 2012

Um rolé


Uma invenção cintilante da mente
Repleto de raios luminosos
Intensificando a vontade de caminhar
Numa tarde de sol encoberto pelo cinza das nuvens.
Domingo deserto.
Trânsito só na praia ou num bar
Vendo os jogos pra subir ou não rebaixar.
Todos meio que pensantes:
“Fim de ano chegando novamente.”
Fone no ouvido e tchau!
Foi dar um rolé ouvindo FM
Usando sua calça amassada, rasgada
Com costuras e remendos
Apenas uma peça do vestuário que ainda da pra usar.
Não se importando com isso, ele continuava a caminhar
Sem rastros de um destino
Sem trajetos
Sem ser definido por certo número de dados angulares.
Era nada mais que um respirar!
Era uma vez, um simples sair de casa.
Um passeio pelo vão do infinito...
Uma gota cristalina do ronco tempestuoso do céu cai
Molha sua face e mais gotas caem
Antigamente teríamos mais abrigos
Mas, na selva de pedras, quem salva são os pontos do transporte coletivo...
Das chuvas fortes das tardes desertas de domingo. 


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