segunda-feira, 27 de junho de 2011

O gosto do infinito

Não é só clemência é ajuda
Pra essa enfermidade de cura
Para esses loucos desejos
Pela nossa cegueira
Nossa luta incansável
Extasiados de fome
Essa noite mal dormida
Esse dia interminável
Esse pensar que é sem fim
Esse pensar que é só seu
Por esse abraço agora
Pela simples fala
Pelo simples olhar
Para provar a  tua boca
Descobrir o incógnito
O gosto do infinito

domingo, 26 de junho de 2011

Para onde estamos indo?

Coisas obscuras, em algumas ações
O palavrão quando sai agressor
Desrespeito com sinalizações de coisas coletivas
Somos tantos umbigos a caminhar
Tem os sonhadores:
Sou melhor que você!
Quem você pensa que é?!
Tem os sutis:
Vai sair e me deixar falando sozinho?!
Me respeite!
Cada ser trancado em si mesmo, se agredindo em vão
Todos nós nos defendemos de nós mesmos.
Todo dia o se dar bem na frente de algum trouxa
Que vacilou na fila e tomaram a frente dele
Do idoso em pé e o esperto no acendo reservado
Do celular tocando música para todos que estão no buzão
Mas, muitos, não estão a fim de ouvir
Que o respeito seu é uma humilhação

Adeus

Você não tem os pés de curupira
Mas, vai de costas.Vai me vendo
Vendo até onde possa
Me esquecendo até estar disposta
Desaparecendo...desaparecendo...
Dizer adeus é foda.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Log in, log out

Meio sem chão, sem tropeços
Sem tomar na cara
Não existem decepções
Agora só o rádio ligado
Canções de fundo para o nada
Conversas digitais
Pessoas imaginárias
Linhas de palavras virtuais
Sonhos perdidos em teclas
Com fôlego, com ar
Sem cansar
Bate o peito lentamente
Sorrisos de repente
Atrativos sem iguais
Passam os dias
Passam as horas
Fotografias de outrora
Um mundo real
De tapas na cara
De lágrimas
De toque, sentido
Sentimentos
Topadas, palavrões
O mundo lá fora
Ou mundo de agora?
Gigabyte, corações.

sábado, 11 de junho de 2011

Adoração ao plástico

Foram passando todo o asfalto, a terra, os grãos
Sementes mortas, pele de chão
Infinitos olhos de vidro
O elétrico sol aquecia o aquário de vento
Mariposas mornas soluçavam
Capacitores serviam a fome
Na mesa dos manequins
Tantas ruas cientificas alagadas
Nosso mundo imundo
Vitrines de nós
O banquete de agora
No prato, plástico