sábado, 24 de março de 2012

In Sônia 3 Am

Espelhos tão frios como o inverno
Nunca mais se viu
Sentindo os sonhos da noite
As louças na pia
Pediam por água
Das praias de verão, as coxas
Das moças que passeiam
Tão doces como brilhantes
E seus sorrisos de velas
As sombras das árvores na primavera
No pólen das flores
As dores que vão e vem
No sono de alguém que não via
O outono ir embora
E lá fora, as paisagens opacas da rua
Lembrava que me faltava
Apenas o leite
Deixei este bilhete para a garçonete
E fui embora:
“Não me interprete, querida Sônia
Mas, café preto nem sempre combina
Com quem sofre de insônia.”

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