terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Full Moon

Segunda-feira dia 9 de janeiro de 2012.
Às 5:30 da manhã, Fábio observava a lua que nesse primeiro período de cheia, se encontra no momento da lunação, onde Marte se encontra em Virgem, assim como o Sol se encontra em Capricórnio e a lua em Câncer.
Ele sabia que esse momento era único, pois, Câncer é um signo energeticamente ligado ao elemento água e à qualidade cardinal, onde recordações do passado podem influenciar muito as decisões do futuro.
Fábio não teve dúvidas quando programou desde cedo, onde iria passar a noite.
Arrumou tudo. Barraca, comidas, bebidas, binóculos e sua antiga luneta.
Às 19 horas seguiu para o morro próximo ao seu condomínio e lá acampou.
Solitário, ao som do Led Zeppelin, observava a lua cada vez mais cheia. Bebeu, comeu, aumentou o som, tirou fotos e não tirou os olhos da lua.
Lá pelas 2 da manhã, um bloco de nuvens se aproximava. Fábio iria perder por alguns minutos a visão da sua bela e única companheira da noite.
Sentou-se na grama e esperou que as nuvens passassem.
Como num susto, Fábio foi arremessado ao chão. Com a cabeça virada pra esquerda e o corpo paralisado, ele conseguia ver partes do céu já aberto e a iluminação forte da lua, mas, não via naquela posição a sua companheira.
O seu ouvido direito sofria tanto com um barulho de um motor que não o deixava falar, nem se quer gritar.
Fábio estava em choque por não conseguir se mover e lutou contra aquela força estranha que o segurava não sei onde.
Ele conseguiu girar um pouco a cabeça para a direita e não acreditou na metade do vulto que via. Era metade da face estranha de um alienígena, que introduzia em sua orelha um aparelho metálico, feito uma pinça.
Fábio lutou com todas as forças contra aquilo e sentiu a pele de todo seu corpo fazendo o mesmo movimento. Como uma pedra lançada num rio de águas calmas, formando aquelas pequenas ondulações que se alastram por toda extensão do rio.
A vista estava cada vez mais turva e Fábio não sabia mais como lutar. Não tinha mais forças. Fechou os olhos e sua cabeça voltou a ser pressionada para a esquerda.
- AAAaaaahhhhhhh!!!!
Fábio gritou e nada mais o segurava. Com o corpo trêmulo e assustado, ele não tinha coragem de abrir os olhos e olhar para sua direita.
Respirou fundo, virou a cabeça e abriu os olhos lentamente.
Fábio estava deitado em sua cama, no seu quarto solitário de apartamento, numa escuridão que se quebrava pelos raios luminosos da primeira lua cheia do ano.
Virou a cabeça para esquerda e olhou pela janela aberta, uma única estrela, uma multidão de nuvens que seguiam seu rumo e uma lua que reinava absoluta aquela noite.

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