sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Artificial

Faltou luz na escuridão
A TV se apagou
Só sobrou o som da multidão
Prédios sem luz
Não existia mais velas nesse futuro
E a cidade se rendeu a noite plena
Na janela mais distante uma única cena
Todos encantados com os pequenos flashes
Iluminação que durava um minuto
As tropas condominiais seguiram em frente
Rumo ao prédio da janela solar
O cheiro de fogo exalava de lá
Assim como a fumaça que se inalava
Por baixo se via a luz
Abram a porta gritavam em coro
E a criança assustada abriu e chorou
Trazia na mão um palito de cabeça vermelha
E a caixa de fósforo ficou sobre a mesa

Nenhum comentário:

Postar um comentário