terça-feira, 15 de abril de 2014

Inadimplência II


E novamente chovia SMS com a mesma frase: 
“Preciso de você!”
Todo o resto já era decifrável e previsível
Era apenas o uso do meu corpo
Entre salivas com o gosto de vinho
No mesmo colchão onde o suor já foi sugado
Seria ela culpada ou seu marido
Que continuava na inadimplência
Quebrando o juramento da troca de alianças
No descumprimento de amá-la 
Privilegiando o trabalho
Esquecendo até de uma rápida transa
E como ela me disse:
“É assim que o homem dança”
E lá estávamos nós
Na velha casa de herança
Entre gozos, brasas e risos
Sem travesseiro
Cobertos e nus
Pelo mesmo edredom vermelho.

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