domingo, 25 de setembro de 2011

Puta

Eram feitos de farsa, todas aquelas guloseimas que salivávamos todo dia. Desde o levantar, até o momento de sonhar.
Aquelas línguas que se tocavam perante os lábios. As juras das respirações ofegantes e após o gozo, as frases sempre encantadoras que supõem uma vida eterna.
Era fato que todas as lágrimas e soluços, eram apenas mais uma arte. Uma belíssima atuação teatral e corporal. E que corpo! Corpo no qual meu suor invadiu, sendo sugado com voracidade por sua pele, feito terra.
As vezes ingerido por sua própria língua, como um cão cumprimentando o seu dono. Mas, de que serviram tantas encenações, se no final, abriu a porta e me pôs para fora do mundo?
É difícil entender certas coisas relativas do amor. Tão difícil que não entendo seus SMS pedindo perdão, querendo falar, querendo me ouvir. Mendigando por um pouco de amor.
É ridículo o teu rastejar.
Abotoe tua blusa e não se ofereça assim!
Detesto quando você se faz de puta.

Caro Line

Eis assim que ela surge, com uma novidade sonora
E seus descritos devaneios me atraem
É impressionante essa pele dura para as palavras
Assim como é tão macia para as carícias
Era inevitável não te buscar nos dias
Foi me ganhando a cada ciência guardada da essência
Você pisa no chão que conheço
Respira o ar que me vejo
Mas, essa distância é como olhar para trás
E com seu novo truque da atração, ela revela
(Sobremesas vem sempre por último)
E ela com aquele sorriso atmosférico
Destruiu todas as barreiras da minha visão
Me fazendo ver e sentir, o amor à primeira vista
Caroline em tempos de time line
Me fez sorrir na essência

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

...

Agora ele caminhava só
Sem sol, sem farol, sem o brilho dos teus olhos
Andando em seu espaço inútil
Tomando distância dos sonhos e da voz
Perseguia a lua cheia. O ponto de referência
Um dia ela foi nossa, mas, agora só nos restam reticências

domingo, 18 de setembro de 2011

Simplesmente


Solta.
Tão solta que parece flutuar.
Batom leve nos lábios, corpo protegido do dia frio.
Simplesmente ela vê que eu a via.
Olhou tímida, mas, em seguida sorriu.
E disse tudo num único olhar:
"Hoje eu, sou eu! Estou mais amostra e bem mais fatal."
Não há como negar.

Silêncio

Escutar esses barulhos de agora
O som do calendário que o vento derrubou
E as batidas das janelas
Os enfeites pendurados, tocam o sino
E o barulho da força da chuva na terra
E com o sol o som da luz
Do canto dos pássaros
Do percorrer da água no encanamento
Passou-se mais um dia
A mistura da madrugada entre o sol e a lua
Entre o dia e a noite
Carros voltam a buzinar
Esse é o silêncio

Mergulhar

É dado o fim para um tal de sentimento
O melhor momento feito, pra quem gosta de fazer o quê!
Quem pensava nessa vida, se iludia
Pensavam que o futuro era coisa já garantida
E viu que não!
O tempo foi passando e foi nascendo esferas
Navegando entre mares da conexão
Aproveitou todo o momento
Povoa uma partícula, que veio dentro do seu ser.
Mergulhou pra sentir o que é estar!
Mergulhou pra sentir o que viveu!
E nesse indispensável esgotamento?
Esgotamento, mas, eu sei que a pele ainda se renova e vem pra ver!
Tudo que você deixou de lado
Bem no canto dos teus olhos, que ainda estão calados.
Mergulhou pra sentir o que é estar!
Mergulhou pra sentir o que viveu!

PS: Esse poema ou música, por esse mesmo motivo de dúvidas, porque ele "são" os dois!
Então "eles" entraram na nova categoria. Poesia sonora.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Perdi horas nesse tempo

Perdi horas nesse tempo, olhando o vazio
Gastei futuros vivendo ilusões
E tudo desaba junto com a verdade que cai com a máscara
Meu peito servido em porções
Teus lábios salivam, tua boca devoram-no com prazer
Sem saber que foi você que me feriu
Perdi a vida por sonhar ilusões
Perdi meu tempo sem provar o futuro
Meus cabelos brancos não foram amados, por uma amada sincera
Minha alma nem sabe o que é ser amada
Pois, cada uma das suas palavras, dissolveram como ácido.
Evaporaram...
E toda aquela imagem do que eu pensava ser o amor, se foi com o vento frio que deixou minha dor de garganta e uma forma de sofrer calado.