domingo, 25 de setembro de 2011

Puta

Eram feitos de farsa, todas aquelas guloseimas que salivávamos todo dia. Desde o levantar, até o momento de sonhar.
Aquelas línguas que se tocavam perante os lábios. As juras das respirações ofegantes e após o gozo, as frases sempre encantadoras que supõem uma vida eterna.
Era fato que todas as lágrimas e soluços, eram apenas mais uma arte. Uma belíssima atuação teatral e corporal. E que corpo! Corpo no qual meu suor invadiu, sendo sugado com voracidade por sua pele, feito terra.
As vezes ingerido por sua própria língua, como um cão cumprimentando o seu dono. Mas, de que serviram tantas encenações, se no final, abriu a porta e me pôs para fora do mundo?
É difícil entender certas coisas relativas do amor. Tão difícil que não entendo seus SMS pedindo perdão, querendo falar, querendo me ouvir. Mendigando por um pouco de amor.
É ridículo o teu rastejar.
Abotoe tua blusa e não se ofereça assim!
Detesto quando você se faz de puta.

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