terça-feira, 22 de outubro de 2013

Embriaguez


Para ela não havia beleza, sem um pouco de tristeza
Ela sempre dizia: 
“A perfeição é a união dos contra pontos”
Essa era a medida exata de tudo
Um punhado de felicidade e de dor
É dessa mistura que surge o amor e as divindades que nele contém
Paixões e mistérios
O gostar sem saber
O pensamento nos momentos vãos
Os delírios da incerteza...
É essa beleza abstrata, mutante e psicodélica que buscamos
Um mergulho por dentro do nosso corpo
A efervescência 
O transporte do nada
A queda livre no infinito
Esse mar sem fim
O amar...
E foi assim, aos poucos
Na justa medida do tempo
Que fui degustando essa bebida doce amarga nesse copo 
Às vezes tão cheio de bobagem, que qualquer minissaia me embriaga.

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