quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A cura


Ele sabia que aqueles cabelos cor de abóbora não iriam durar tanto
É a lei da natureza. Eles iriam seguir a moda
Novas tendências, cores, cortes
Cabelos coloridos em cucas novas, sempre seguem o fluxo de gente
E mesmo assim ele quis arriscar
Aproveitaram todo momento
Viveram anos em dias
Noites e madrugadas
Uma união tão sincronizada
Que todos achavam que nada abalava
Até que o previsto aconteceu
Os cabelos agora eram negros
As carícias já não mais existiam
Os sorrisos eram sempre amarelos
Era o casal mais triste de ver
Ele não terminava, porque a amava
E ela não acabava porque sabia que não existiria amor igual no mundo
Os dias seguiam sem propósito
Até que num dia qualquer de sol na praia
Ele falou o que ela queria ouvir
E terminou assim
Ele seguindo o caminho de sempre como se nada tivesse acontecido
E ela vivendo os dias alucinógenos
Sabendo que sua única cura, acabará de deixar.


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