sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vida nossa de cada dia

Cuspiu no chão
Gritou um puta palavrão
Fechou a cara
Jogou a mala
Se livrou do peso
Cortando os cabelos
De pés descalços
Andou no asfalto
Parou o trânsito
Sorriu para o nada
A cidade atormentada
Não andava no seu rush
Com seu blush desbotado
Seu batom tão mal passado
Assustava quem te olhava
Num silêncio belo e mudo
No submundo das calçadas
Um olhar observava
Rindo e inocente
Quando ela de repente
Rasgou toda sua roupa
O mendigo então gritou:
A vida se fez de louca

Um comentário:

  1. Adorei !
    É a personificação da loucura, de verdade. Essa vida é uma louca mesmo.

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