sábado, 7 de maio de 2011

The end

O bater da porta ecoou por todo canto da sala
Aquele vento frio da noite pairou sobre o amplo espaço de silêncio
Cansado dos tribunais conjugais, faltou-lhe paciência
As palavras vinham de um depósito de lixo e bombardeavam-na
Ela que agora se recolhe e se espreme no canto do armário, como alguém que foge do ar
Em seus olhos minavam águas salgadas que lhe afogavam e a faziam soluçar
Enquanto nos espaços livres da liberdade, o ser homem, caminhava com o corpo ainda trêmulo de raiva e com o pensamento meio que se evaporando:
- Como pude dizer tudo aquilo?
A natureza humana é foda!
De dia apenas os rastros dos seus passos na lama
Ela na porta observava seu futuro solitário
Ele babava como um porco numa cama de um hotel qualquer
Num sono embriagado, planejado para fugir da realidade
Mas, teus sapatos imundos não o deixariam fugir do fato
Éramos dois

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